terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sampa, 456




E aqui estão os meus passos, erguidos com cada vez mais cansaço pela 9 de Julho. Os olhos pregados de sono ainda se encantam com a visão estática do viaduto, dos prédios, dos pixes e dos bares.
Tudo perfeitamente igual.
Mas é no seu Ipiranga que eu me abasteço, seja de alegria ou de tristeza. Que me banha de luz laranja, de coisas pra ver, pra lembrar, pra sentir. Arrebenta a minha lógica e reza por mim, lá no Paissandú ou na sua Catedral de vícios. Reza, sem saber rezar.
(Pede por mim pra São João, pra Santa Efigênia, pra Santa Cecília. Reza mesmo, sem nunca juntar as mãos para orar.)
Saber que você sempre está aí para me acolher é a minha maior Consolação.
O que você Vale pra mim é Anhangabaú. Esse feitiço que me deixa em colírios naquele Teatro Municipal a céu aberto. (Você está mentindo, eu sei. E nunca omitiu isso)
Você é minha República. Você é minha Liberdade.
A Bela Vista que não se vê, que se sente. Mesmo porque, muitas vezes, eu mal te olho. E olha que está sempre a minha Direita, como um bom amigo, que também dá suas mancadas. Eu me aconselho no teu cimento, mesmo que Crispianiano não seja um conselheiro tão bom. E nem precisa me comprar na Vinte e Cinco, com seus discursos de melhorias. Você, apesar de tudo, eu amo de graça.
Ah, sou paulistana, sou Paulista!
E nessa data, nesse dia 25, você passa com seus anos e eu assobio. Pra você, a decoração é mais do que as Bexigas. É todo meu amor, Sampa, é todo meu amor. A cidade mais Augusta, dentre todas as que visitei.

Amo teu Chá de seduções. E ai de quem criticar meu paladar.

2 comentários:

  1. São Paulo deve ser bem legal mesmo, muitas mortes, sangue, drogas e rock n' roll, acho que ninguém precisa de mais do que isso.

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  2. Ah, planeta Terra chamando, Raul. He!

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Olá. Você, sendo você mesmo, não é bem vindo aqui. Mas se você for qualquer outra pessoa, sente-se no chão e coma uma xícara de café.

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