Proteja-me da minha burrice,
Da minha falta de persistência para com as coisas
Da minha falta de lealdade.
Por nem sempre cumprir com aquele ridículo propósito que estipulei
E que levaria um nada de tempo pra concluir.
Por fazer de tudo tão pouco e depois me martirizar quando chega a falta,
E comer este fruto ruim no ápice da fome, mesmo que haja um banquete me esperando, noutro lugar.
Por amar, mas amar errado.
Pelo medo de ser enganada, mais uma vez, pelos sonhos que me atormentam em olhos abertos.
Por sentir sem sentido,
E continuar sentindo, esperando que de repente, não sentir não seja mais opção.
Por sempre deserespeitar a tudo e a todos.
E passear pelo espaço como o mar, sem pedir licença,
Ocupando os espaços que consigo preencher.
Por ser dúbia como o vento, que vai, passa e talvez volte!
Sem compromisso nenhum com quem o sente.
Nem com o que sente ele mesmo.
(espasmo)
Oh, senhor dos desgraçados
Olhe pra essa cidade e vê tuas luzes!
Isso não é veloz
É lento. Demasiado lento.
De novo passa da meia-noite
E eu ainda estou aqui
Daqui a pouco, o frio vai chegar.
É quando todas as culpas são cuidadosamente embaladas
Esperando a euforia passar
Para que eu possa me presentear, pela manhã.
Pela tarde.
Até a nova noite.
(espasmo)
Oh, senhor dos desgraçados
Olhe pra essa cidade e vê teus carros!
Isso não é veloz
É sujo. E me faz tossir.
Ah, me ajude
A não voltar nunca mais!
A dobrar meus espasmos
E brincar de origami com eles
(espasmo)
Oh, senhor, esqueça!
Me deixe viver
Não me proteja de nada
Me deixe aqui, nessa guerra individual.
De punhos erguidos ao reflexo
Espancando meus próprios erros
Para me sentir entorpecida
E dormir, quando deitar.
Cara que profundo... Achei o que não procurava, um bom poema! E é uma coisa difícil de achar em.
ResponderExcluirTão humano, tão íntimo...
ResponderExcluirMuito, muito bom!
Parabéns!
Vou concordar com o Gabriel do primeiro coment, está realmente muito profundo, inspirador eu diria...
ResponderExcluirhttp://plushmoon.blogspot.com/
passa lá e vota na enquete?
beijos
belo.
ResponderExcluirNossa! Que profundo!
ResponderExcluirObrigada pela sua opinião em meu blog!
Volte sempre!
Beijão!
bom, muito bom poema...
ResponderExcluirvlw
É de emocionar.
ResponderExcluirVc se expressa muito bem!
Belo blog.
Muito belo o poema e a forma de expressão utilizada no mesmo. Parabéns pelas palavras, você é linda e sabe escrever bem!
ResponderExcluirBeijos.
Demais!!!
ResponderExcluirDemasiado humano!!!
Incrível como parecemos encantadores qdo demonstramos sem medo nossas fraquezas e angústias.
Vc foi encantadora!!!
muito bacana o texto, tudo simples, sincero, autêntico! divertido.
ResponderExcluirboa semana.
Excelente. Foge dos padrões estéticos comuns à simples poesia. Bem intrigante. Você já leu Kafka pelo visto.
ResponderExcluirSaudações.
Kafka, a barata?
ResponderExcluirhahaha
Muito boum!
ResponderExcluirAchei demais , muito profundo ..
ResponderExcluirParabéns . !
ate mais .
medo aehheahaeae
ResponderExcluirÉ quase uma oração para algumas pessoas.
ResponderExcluirMe identifiquei...
parabéns.
http://desfolking.blogspot.com
adoorei o pooema, muuito profundo, tipicamente humano. Parabéns pelas palavras e pelo blog :D
ResponderExcluirhttp://mahchiodi.blogspot.com/
Estou aprimorando minha escrita no meu blog para um dia chegar ao seu patamar, parabéns pelo blog, mas amar um saci foi espirituoso...
ResponderExcluirbjos
Esse ficou bonito para ler, e só.
ResponderExcluiris so empty, demasiado empty.
Até você, Raul?
ResponderExcluirhahaha
*--*
ResponderExcluirtão show de bola,
profundamente...
Bonito?
:P
bom,ta profundo e lindo xD
parabéns,vc com certeza escreve algums dos textos mais belos que já li *-*
bom o poema de quem é?!! e a pintura é de salvador???
ResponderExcluir;*
...
ResponderExcluirSim, tudo o que há no Breu sou eu quem escrevo. - Porra, odeio repetir isso -. Quando não for eu, coloco entre aspas, como manda a língua portuguesa. =D
A pintura é do Magritte, =D
ResponderExcluirlindo
ResponderExcluirÓ Senhor, não me proteja de nada.
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