- Isso. Junte as duas mãos, dobre teus joelhos, abaixe tua cabeça.
-Assim não, criança! Abaixe mais! - empurra, com força, a cabeça da criança para baixo, fazendo-a cair de cócoras.
- Agora reze, moleca demoníaca. - diz frio, o mesmo homem - Agora reze a primeira reza que você souber, antes de eu meter essa bala na sua cabeça. Está sentido esse cano frio, no meio da sua orelha? ESTÁ? RESPONDA!
Ouvia-se apenas um coraçãozinho acelerado, tremendo junto ao chão da igreja. A menina sabia que devia responder com alguma oração, mas nem do pai-nosso ela se lembrou. Não conseguia pensar em Deus, nem nos pais, nem nos amiguinhos da escola e nem no moço que acabara de matar. O dente doía muito. Devia ter, dentre tantos socos que tomou, levado um certeiro na boca, do lado esquerdo. A lágrima caiu mais forte quando não sentiu apenas a dor. Quando também viu a pocinha no chão.
Ainda muito trêmula, usou de uma força que não tinha para se erguer um pouco mais. E saber que ainda podia se erguer, nem que fosse pouco, a encheu de raiva e de coragem.
- Matei, senhor. Matei, com a arma que agora está na sua mão. Peguei, me escondi atrás do altar e quando ele chegou perto, atirei. Nem sabia o que era atirar ou o que era matar. Agora, eu matei. E se eu errei o tiro, vou lá e mato de novo. E de novo. E de novo. - disse a menina, de joelhos, com os olhos de fogo encarando o homem e o cano da arma.
- Comece a rezar! - e agora vem, um novo chute, na barriga, para recobrar a menina sua posição de desvantagem. - Comece!
A dor salpicava pelo corpo inteiro. Com o chute, se ouviu o baque; ela se estatela, no chão de pedra e corta a cara. Cospe mais um punhado de sangue. A visão está mais escura.
- Reze! - Puxão de cabelo para cima e a devolve ao chão, de súbito
a menina não sabe rezar
-Vamos, menina! - a chuta, empurrando-a escadinha abaixo
a menina rola e só vê imagens. ela não ouve, ela não diz. ela não reza.
A arma apontada nada significa. O córrego de sangue, a ânsia da dor, as imagens se movendo sem aviso, a mãe e o pai do outro lado, babando sangue no chão.
Não muito longe, a menina vê a arma abandonada, perto da primeira fileira de assentos, razoavelmente escondida. Talvez ainda dê para pega-la.
Ahh, sangue, dor e morte, sim já pode colocar esse como um dos meus favoritos.
ResponderExcluirAchei que essa era a segunda parte ¬¬'
ResponderExcluirexclui um dos posts (ou não)
vc é sádica? vai deixar a menina nessa situação por quanto tempo? :o
ResponderExcluir:p
ResponderExcluirÉ ISSO AI!
bellissimo texto
ResponderExcluirprbns.
Mas, bah.
ResponderExcluirMandou bem!
ResponderExcluirMeu comentario legal ficou no post que foi deletado, como recompensa mando um descargo bem grande:
ResponderExcluirFODA-SE
Não sei porque, mas lendo esse texto lembrei do Lampião, o bandido e herói do nordeste. Talvez fosse porque ele matava sem dó, e se errasse o alvo, ia lá e matava de novo. Menina corajosa essa.
ResponderExcluiragora eu acho q ela morreu. :o
ResponderExcluirAgora eu acho que eu ri. hahaha
ResponderExcluirvc é foda.
ResponderExcluirVai lá, Sophia, pega de uma vez essa gente toda \o/
ResponderExcluirVai lá, eu seguro o Menos e fica mais fácil de atirar...
ResponderExcluirMarconi não pede oportunidade alguma de me tocar, uh.
ResponderExcluirEsse corpinho sarado... ui...
ResponderExcluirquem tem cigarro ai?
ResponderExcluirgostei
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