terça-feira, 11 de junho de 2019

Era quase 13h. A cabeça fritava embaixo de um dia nublado e do frio. Porque a temperatura nada tinha com isso. Era repelido por várias experiências que teve desde o início do seu dia: escovou os dentes, lavou o rosto, se vestiu e saiu para um trabalho que desprezava. Andou no automático e só se deu conta do que estava fazendo às 18h37min, enquanto voltava pra casa e tomou uma trombada na linha vermelha que jogou sua blusa no vão da plataforma.

Era quase 13h. A cabeça fritava embaixo de um dia nublado e do frio. Porque a temperatura nada tinha com isso. Era repelido por várias experiências que teve desde o início do seu dia: escovou os dentes, lavou o rosto, se vestiu e saiu para um trabalho que desprezava. Andou no automático e só se deu conta do que estava fazendo às 19h02min, enquanto voltava pra casa e um conhecido cutucou seu ombro e acenou, por aquela função antropológica um pouco estranha que tem o ser humano de dizer "Olá, te vi", sem ter o interesse em continuar a conversa.

Era quase 13h. A cabeça fritava embaixo de um dia ensolarado. Mas a temperatura nada tinha com isso. Era repelido por várias experiências que teve desde o início do seu dia: escovou os dentes, lavou o rosto, se vestiu e saiu para um trabalho que desprezava. Andou no automático e só se deu conta do que estava fazendo às 16h28min, quando foi tentar pegar uma chave de fenda que rolou para baixo do armário e cortou a mão em um prego que estava lá.

Era quase 13h. A cabeça fritava embaixo de um dia abafado. Mas a temperatura nada tinha com isso. Era repelido por várias experiências que teve desde o início do seu dia: escovou os dentes, lavou o rosto, se vestiu e saiu para um trabalho que desprezava. Andou no automático e só se deu conta do que estava fazendo às 21h56min, quando acordou de um pesadelo, onde era sufocado por um monte de palavras que entravam pela sua boca e cortavam sua pele querendo entrar também. O sonho foi consciente e não conseguia acordar.

Acordou às 3h. Levantou, acendeu a luz. Olhou-se no espelho. Haviam passado, ao menos, uns 14 anos.

2 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhw

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  2. Domingo, 10 de outubro 2021 19:19
    Frio tórrido, vento cortante em um bar fuleiro, o vigésimo terceiro bar fuleiro em que bebia naquela semana
    Começou a tocar Dire Straits (he, a banda do cara monstro que não usa palheta) bola de gude brilha. Pessoas no fundo do bar conversam alto lá perto do balcão onde o vento frio não chega tão frio
    Domingo animado. Céu cinza
    Na porta do bar vendo o tempo, pensando no conceito de distância, no espaço vazio entre as moléculas de água nas gotas que começam a cair do céu hahaha aí apareceu um camarada agora no bar e rimos lembrando da madrugada ontem a gente pegando carona na caçamba de um cara doido correndo, aí passam do outro lado da avenida camaradas caminhando ainda do rolê de ontem e começa a tocar Queen no bar, Dont Stop! Don't Stopy!
    Porra! O que é que estamos fazendo? Haha
    Essa é a nossa verdade. O resto é escória

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