domingo, 5 de fevereiro de 2012

O espetacular poder da grill power



Veridiana
15 anos. Queria ser mãe solteira. Um dia, num bar, encontrou um homem bêbado. Era feio pra caralho, mas tinha o cabelo ondulado ruivo, olho amarelo e bons dentes. Foi dar uma idéia. O cara estava travado, só conseguiu lamentar que alguém havia lhe roubado a carteira. Veridiana o arrastou pelo bar e perdeu sua virgindade comendo-o desmaiado dentro do toalete. Deixou dez reais no bolso dele para que pudesse voltar para casa. Fugiu da casa da mãe na semana seguinte, alugou um quarto na República e arrumou dois empregos de telemarketing.

Rafaela
Ou Rafael, de vez enquanto. Dependia do dia e principalmente da roupa que queria usar. Gostava muito de moda, era muito vaidosa, e tinham certas roupas que ficavam melhor com ela sendo homem. Escrevia para uma revista de nome e tinha um apartamento em Higenópolis. Apostava nos cachorros e geralmente tinha sorte. Um dia encheu o saco da vida que levava. Havia casado há pouco tempo e já tinha se ligado qual era a do marido. Aí armou pra ele (um pilantra folgado, que só vivia na vida mansa sacaneando a mulher). Fez o cara ser preso por um crime leve, onde ou ficava em cana ou ia ter que trabalhar em regime semi-aberto. Separou, mandou demolir o apê, comprou uma casa na zona sul e abriu uma empresa de esmaltes.

Mayara
16 anos, se apaixonou por um morador de rua. Arrumou um emprego, saiu da casa do pai, alugou um lance na Brigadeiro e ajudou o cara a se reestabelecer. Começa a fazer faculdade ano que vem e está juntando um dinheiro para montar um negócio para poder ter estabilidade e montar uma família com seu marido.

Juliana
Nada demais. Mas para esta é necessário falar antes que era muito bonita. Era uma pin up que tinha uma tatuagem da mulher maravilha. "Girl Power", dizia embaixo. Tinha no quarto vários encartes do Gil Elvgren, daqueles que mostram a mulher em serviços domésticos com roupas sexys. Apanhava do marido e não saía de casa há três dias porque o cara estava regulando o dinheiro para comprar o delineador. Se sentia poderosa quando mostrava os peitos e andava pelada em casa de salto agulha. Ela achava desconfortável, mas assim conseguia fazer seu marido parar de reclamar da fatura do cartão de crédito.

Esta era uma grill power, com seu incrível poder de tostar linguiça. Ultra feminista. Tão poderosa quanto um bibelô.

4 comentários:

  1. Pérolas negras pútridas de Sophia Losterh.

    Vontade de te xingar demais.

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  2. para algumas esse treco de girl power é alguma coisa mais fofinha. não há espaço para coisas fofuxas no breu.

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  3. A Mayara se cansou do cara, botou ele pra correr, agora é lésbica. Tá juntando dinheiro pra poder cursar na Unicamp e tentando deixar de ser preguiçosa. E quer ser mãe solteira.

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  4. E daqui uns anos vai se vicias em heroína.

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Olá. Você, sendo você mesmo, não é bem vindo aqui. Mas se você for qualquer outra pessoa, sente-se no chão e coma uma xícara de café.

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