Ele que demole sua casa, rasga seus livros, queima suas roupas e tem a ele mesmo como seu próprio deus. Que redefine as leis da física e medita em cima da caixa de som (feita de suas costelas) na sua própria turnê heavy metal (a turnê, de um homem só).
Que deflora a mulher mais linda, que ele mesmo pare. Que come doce, do qual seu próprio sêmen é o açúcar, a gema, a farinha e os demais ingredientes.
Que de seus cabelos provê a mais inebriante das drogas. Que é traficante de si mesmo, é seu próprio puto, sua própria vergonha, sua própria mãe, pai e filhos.
Ele, que é tão livre, que tem um infinito só seu pra se prender.
Ele, que corre tanto que é o próprio campeão de sua maratona, na qual corre sozinho. Sem ninguém para lhe oferecer um copo d'agua.
Que toca violino, violoncelo e contrabaixo feito de seus dentes. Que abraça todas as causas carentes do seu mundo só, tão colorido e vazio quanto se possa imaginar.
A alma mais independente do mundo. Entre quatro paredes, quatro polos; andando sozinho no meio de multidões.
Pensava que você ia falar sobre Jay Vaquer
ResponderExcluirrs
O cara da foto, parece com ele.
rs
sua única dependência é carregar sua vida independente...
ResponderExcluirputz, mto bom!
ResponderExcluirit is sheer poetry, baby.
ResponderExcluirSe livrou da dependência? Jogou toda a depêndencia que teria com outros para si mesmos. Além da alma, sua depêndencia de si mesmo se tornou maior que isso. Ele é totalmente dependente de seu mundinho.
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