quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O que tem no bar

Gente falando cargas de nadas pra caralho. Falando como se fossem os últimos segundos de fôlego antes do ápice da bobagem. Para conseguir um pouco de paz.

Gente que fede. Ou no corpo, ou nas palavras ou no perfume demais. A mulher levanta a axila no meio da roda de conversa e passa seu desodorante como quem mata uma barada com o inseticida.

A cabeça dói, a ressaca é de meses. O sorriso é concordância de quem não quer papo.
Minha caneta é desculpa para não trocar idéia. Escrever é fuga, total.

Um comentário:

  1. E a fuga por sua vez, também fede. Ou no corpo, ou nas palavras, escrevendo como se fossem os últimos segundos de fôlego antes do ápice da bobagem, para conseguir um pouco de paz.
    A dor de cabeça é concordância de quem não quer papo e o sorriso é culpa da ressaca de meses. A idéia, é uma desculpa pra pegar a caneta no meio da roda de conversa e matar uma barata com palavras. Esmagar, para ser mais exato.

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