terça-feira, 14 de setembro de 2010
Barata de Artani.
Esses dias, ouvi falar de você.
Nem faz tanto tempo, mas não vou mentir que a memória registrou tudo. E talvez por isso mesmo, tenho me descoberto tentando encaixar as peças do seu rastro.
O que tenho dele é a fumaça do cigarro emprestado, o cheiro químico de ontem, a gargalhada desmedida - que ria não porque achava graça, mas porque não achava nada mais interessante pra fazer -, Sid Vicious rasgando a rainha, mais ou menos os mesmos amigos e mesmos problemas.
Dessas pistas, quando tentei seguir, olhei para o cenário e vi tantos de você que achei que você estava ali sim, eu é quem não queria e nem devia procurar. Mas mesmo havendo todos estes seus iguais de gírias e hábitos, de caminhos falhos que desembocam em sumiços sem aviso, é para você que eu escrevo; é da calçada dura amanhecendo suja de vinho roubado, é da tua lágrima, da tua paranóia, do teu bom humor sacana, de um abraço roubado, da praça que eu lembro. Talvez vendo de outra forma, mas não é isso que importa.
O fato é que com o tempo passando, antes que pudesse dar pela falta senti saudade de você, barata. De te falar que teu inseticida sai do antídoto da tua fuga. Que era tanto do que queria que acabou por não se querer.
Não sei se está morto ou vivo, só sei que a faixa preta da caixa de Artani te parecia cada vez mais clara, ao menos até a última vez que te vi.
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Sid rasgando as rainhas das morsas moedas verdes com gastrite e outras doenças do aparelho indigestivo ou não ou sim.
ResponderExcluirQuando sair a tradução do texto, me manda por e-mail.
ResponderExcluirBeijos =*
Nossaaa! A imagem é de se arrepiar, com essas baratas!
ResponderExcluirConcordo com o Nando.. essa imagem é de se arrepiar mesmo.. parabens pelo blog..
ResponderExcluirsegue? estou te seguindo
http://amandaamensagens.blogspot.com/
muito bom e eu sei de quem se trata
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