
Tu pode mostrar o que quiser. Pode encher a cara de teus batons escuros e daquele pó branco que deixa tua cara tão diferente do pescoço; pode te encher de símbolos, de adornos, de marcas e de identificações. Te recusar a lavar o tênis, a comer bem ou mal. Pode sair como louca e agir sem que nem mesmo espere nada da ação, mesmo porque nem se sabe qual será ela. Fazer, arrepender e fazer novamente. Pode ser ridícula de propósito (mas é tão desnecessário).
Pode se matar de vergonha, de tédio, de ânsia daquela ansiedade de qualquer coisa excitante, pode correr - corre, corre - só para não ser inerte, mas é inerte. Corre, cachorro, atrás do rabo.
Pode ser o que há de mais absurdo, de diferente, de estranho. Sem que dê ou não conta disso. Mas isso não é motivo para condecoração, para desculpas e nem para ser o mais malandro dos veteranos. Tu tenta ser estática correndo e se move sempre na mesma velocidade. Na mesma velocidade que todo o resto do mundo. Vê, menina, não és especial; é só uma tola achando que pode ser mais sendo menos dos outros, assim se privando das coisas boas e ainda se achando muito espertalhona. Te toca, os olhos te olham porque foram feitos pra olhar e tu apenas está no caminho. Por mais que você não queira, tu é igual a todo mundo. Da forma mais medíocre possível. Sente medo, frio, cansaço, fraqueza. Foge e ataca. É bicho, dos modos animalescos da fome, da raiva, da decepção. Vê logo como é nojento esse hábito de dizer que a sociedade é tão ridícula e as pessoas são tão vãs. Você é sociedade, moleca, é pessoa.
Tira, menina, essa ansiedade de mostrar sua nova tira de cabelos.
nossa, amei. sério, sem palavras. aliás, o teu blog é um dos poucos que me fascinam. tu tem um talento incrível!
ResponderExcluire eu achando que eu sabia escrever...
Perfeito!
ResponderExcluirNão tem como fugir todos de alguma forma fazemos parte da sociedade.
Respirar profundamente e soltar o ar pela boca lentamente, faça isso várias vezes, fechar os olhos e pensar com profundidade em flores, bosques, arvoredos, como se estivesse se transportando para esses ambiêntes. Acrescente animais que goste, crianças, pessoas queridas, porém, tudo aquilo que te faça sorrir e te deixe feliz. Sorria para vc mesma, olhe-se no espelho e dê gargalhadas, sorrir é um exelente remédio pra ansiêdade e depressão.
ResponderExcluirSimplesmente perfeito. *.*
ResponderExcluirprofundo e tocante^^
ResponderExcluirAdorei o texto...de verdade!!Vc leva jeito, parabéns!
ResponderExcluira sociedade se uni em uma verdade socialmente
ResponderExcluirq e inpossivele escappar ou fugir dela temos q a preter a viver e a s er asim com ela quer ou se nao tentarms mudar mais nem s empre e bem assei o nosso ponto em e so isso bjs tenha uma otima tarde
Aiai essa menina-Buñuel.
ResponderExcluircaralho meo, que texto ...
ResponderExcluire digo mais, que texto
parabéns de verdade
really good
Bem escrito.
ResponderExcluirAchei simples e comteporaneo, e sem duvida, os adjetivos usados foram bem escarecedores.
Abraço.
DEMAIS !
ResponderExcluirUm cão andaluz!!!! *O*
ResponderExcluir(comentário aleatorio sobre a foto) ><
nhaaa.. amei o texto *-*
muito bem feito, como sempre
palavras certas, a superioridade do eu lirico... mto bom ;]
parabens sol! =]
abçs
~~
http://alumiina.blogspot.com
Nossa, muito bom mesmo!
ResponderExcluirquando entrei no link não pensei que fosse achar um blog com texto tão profundo!
Parabéns!
viver é apolíneo, coisa d gente esteta: o cão atrás do próprio rabo ou sísifo condenado a rolar eternamente a pedra de mármore - o contrário de mediocridade não existe e mesmo assim a vida é bela.
ResponderExcluirO talento das palavras é mostrar o lado racional e o emocional inteligente que existe dentro de nós....quebrando o monopólio do instinto......
ResponderExcluirpor isso que ler e escrever é ser guiado pela sua própia inteligência, o que sem as palavras é muito difícil......
Por mais que tentemos, nossa existência está fundida à alguns preceitos padrões.
ResponderExcluirÀ Deriva no www.catarseonline.blogspot.com
As vezes por mais diferente que a pessoa queira ser, não consegue. Porque no fim, se dá conta que é extremamente igual aos que lhe cercam.
ResponderExcluirMuito bom!