domingo, 9 de novembro de 2014

Falácias cotidianas que os olhos vêem e o coração que se ausente

Diga que se arrepende, olhe de novo e de novo e diga que não era bem aquilo, que havia confusão. Diga que é mentira, que seus pés se encheram de rodinhas na ladeira, que a melhor solução não é essa, que a melhor palavra não foi lembrada, que a sensação foi um momento.

Diga que as frases as vezes saem mal construídas, que os refrões aparecem no meio e que a música ainda não estava completa. Diz que é só uma parte da dança, que o salão é enorme e o nervoso se apossou de suas posses de repente e em outro repente nada fez sentido.

Diga que é mentira, diga outra mentira, que o que passou passou e essas simples palavras podem apagar tudo de tudo e o que caiu se ergue com a mesma facilidade que foi ao chão. Que espelhos quebram, mas os cacos não deixam de refletir.

Diga que não pensa mais e assuma que quer ganhar tudo, quer dizer e desdizer para não perder pelo que disse, que quer fazer e desfazer como uma máquina do tempo.

Que ser e não ser ao mesmo tempo pode, deve e está neste momento feito.

Que o surdo não entendeu e a memória comeu.


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