sexta-feira, 26 de abril de 2013

Gentileza


[senhora] - frágil e tristonha - aguarda algo na porta do prédio, com uma sacolinha plástica na mão.
[ele] - ser altruísta bondoso - passa e se comove com a sofreguidão anciã.
Sorridente, diz a ela um empolgado "Boa noite!" e a cumprimenta com um afago no braço, encoberto pela manga de um vestido velho amarelo-horrível.

[] - ela, ali com seus botões, parada no saguão, só tentava se lembrar porque havia descido até ali e o que ia fazer com aquela porra de sacola. E, enquanto ele subia para casa, contente e entupindo com ego os vértices do elevador por sua boa ação, os olhos da senhora se aterrorizavam em dobro: aflita, não sabia o que fazia ali e da onde o moço a conhecia; não sabia se era seu filho, neto ou mesmo um completo desconhecido.

Um comentário:

Olá. Você, sendo você mesmo, não é bem vindo aqui. Mas se você for qualquer outra pessoa, sente-se no chão e coma uma xícara de café.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails