sexta-feira, 15 de março de 2013

Luz

É bonito falar que as palavras não fazem curvas, que os sentimentos são sinceros, que a verdade prevalece no olhar e todo o rio de et ceteras das baboseiras. E é com a mesma facilidade que as pedras rolam ladeiras, que se bebe uma cerveja, que se recua de um ônibus próximo a calçada num dia de chuva.
Eram mais alguns passos ao longo nada. E assim eram dias sem brilho, sem expectativas. A sobra não tem sabor de lixo, é apenas o que restou fazer.

Via placas para todos os lados, orientações de sucesso, parâmetros fincados na marreta. Sua cabeça era algo aquém disso e o que é primitivo tem consigo uma verdade obcena; o vento carregou sua agonia arrebatando o calor da tarde, o calor das idéias. Era só quem era e era a si sem casamentos de nós; degradante, obceno, impuro, vil. Destrincha então, estes termos sem o véu dos olhos, é tudo mais simples. Livre.

Com as roupas erradas, as explicações sinceras demais para serem entendidas, as conveniências deixadas de lado, o certo ganhando nova forma na lava.

Menina, é mais um dia. Corre do céu, que teu inferno é quem te ama.

3 comentários:

  1. Luz no breu, poucas vezes li.

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  2. Corre do céu, volta pro inferno, estacione nele e depois saia, mas saia morto. Belas suas palavras.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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Olá. Você, sendo você mesmo, não é bem vindo aqui. Mas se você for qualquer outra pessoa, sente-se no chão e coma uma xícara de café.

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