Pena de morte

A resistência parece vezes que aumenta a honra e a coragem. Dá a impressão da eterna razão sobre o julgo de um resistente casco que tem se mantido apesar do que quer que haja. A persistência de saber que o alívio viria de uma atitude totalmente diferente, possível de ser tomada e mesmo assim não a toma, transformando o esforço de engolir em seco em vitória.
É como uma discussão de enfermos, que disputam quem está mais próximo do pé na cova. O que importa não é o problema, mas a vantagem que se pode tirar dele. Nem que seja ela a mais cretina, a auto-piedade.
O digno de pena tende a transpirar razão. Pelo tanto que sabe que sofre e lamenta, vai engolindo a angústia calado e inerte e acha-se no direito de ser aplaudido pela sua força e garra de não tomar partido. Ironicamente, a vítima assim passa a não ter pena de ninguém. Dessa parte em diante, faz de sua dor um troféu e exige de bonificação o suprimento da carência de ser reconhecido como o penalizado. O injustiçado.

E de injustiças, está feita essa massa que te mantém de pé. Resistir é uma opção, não uma vitória.