Grande parte das vezes que eu posto, sinto como se estivesse em um baque. E quando saio dele, fico a pensar o quão melhor eu poderia ser, quando escrevo. Nenhum escrito me satisfaz por muito tempo; a eles sempre faltam palavras melhores, serem menores ou mesmo mais longos. É uma grande insatisfação, me ler.
Mas, no exato momento em que escrevo, naquele exato momento em que as palavras descortinam pelos dedos, eu sinto uma grande euforia. Minha face vezes até cora e um sorriso tolo se desenha em meu rosto. Sim, eu gosto muito de escrever. Sim, muito.
E partindo disso, não importa tanto, para mim, o resultado posterior. Mesmo que alguns gentis leitores digam que gostaram muito do escrito, claro que sei que não sou um gênio das letras. Estou mais para uma amante insaciável delas. O que me importa, em verdade, é aquele momento. Aquele em que eu beijo as pontuações, os predicados e os sujeitos. Eu e as palavras, em um pueril bacanal.
Mas depois de toda a orgia com os caracteres, de tantas carícias e juras de amor eterno, eu sei como é. Eu os olho no outro dia e um passa pela outro, como se nada houvesse acontecido.
Esse post é um parênteses ao blog. Sophia Losterh que me desculpe. Abro o espaço para um comentário de Jorge Luis Borges.
“Acho que o que li é muito mais importante que o que escrevi. Pois a pessoa lê o que gosta – porém não escreve o que gostaria de escrever, e sim o que é capaz de escrever"
bacana,bonito post achei muito interessante um abraço e sucesso ae em 2010
ResponderExcluirÉ bom ser verdadeira quando se escreve e vc pareceu ser isso nesse post!
ResponderExcluirAbraço e sucesso em 2010!
Muito bom!
ResponderExcluirMeus parabéns! Eu também me sinto assim...
Não fico satisfeita com o que escrevo, mesmo que me digam o contrário...
Meus parabéns MESMO! Eu me li no seu texto *0*'
Muito bom, é dificil ficar satisfeita com oque a gente escreve mesmo...é normal
ResponderExcluirOlá! Muito bacana isso que vc escreveu. Por mais que tenhamos um verdadeiro prazer em escrever, temos que lembrar que essa produção também é feita para agradar o leitor, e não só a nós mesmos.
ResponderExcluirAbraço,
http://cafecomnoticias.blogspot.com
É... Estamos em constante progresso, então tudo que já fizemos tendem a não nos satisfazer mais... é a vida hehehehe
ResponderExcluirParabéns pelo Blog! Já to seguindo!
Abraços
www.borarir.com
Acho que quando você escreve, você despeja todo seu sentimento no texto, mas aquilo é o que você sente na hora, por isso a felicidade repentina, é como se fosse uma droga, que te satisfaz na hora, mas depois já não é mais aquilo que parecia ser, e aí você precisa de mais e mais, e por isso existem tão bons escritores hoje em dia, eles insistiram nessa droga que se chama escrever.
ResponderExcluirRaul, não gostei.
ResponderExcluirVocê acabou de entender exatamente o que eu escrevi.
Menina SO.L., vc é muito boa na sua libertinagem com as palavras. Só o fato de ter "dormido" com os predicados, as pontuações e os sujeitos (passivos?) já faz de vc uma boa libertina literária. Além de SABER escrever suas imagens são interessantes e sensuais, sua narrativa é sexy e misteriosa.
ResponderExcluirAssinado: Francis Martin, seu leitor.
Concordo com o Jorge Luis Borges. Quando a gente escreve, costuramos em nosso próprio corpo roupas pra nos vestir. Mas nenhum costureiro consegue costurar uma roupa tao boa em si mesmo quanto o faria outro bom costureiro. É por isso q o bacanal a maior e mais belo quando nos vestimos uns aos outros. ;)
ResponderExcluirAbraço apertado com votos de um 2010 gentil, So.L.
"Mas depois de toda a orgia com os caracteres, de tantas carícias e juras de amor eterno, eu sei como é. Eu os olho no outro dia e um passa pela outro, como se nada houvesse acontecido".
ResponderExcluirPerfeito, as vezes ñ nos reconhecemos nos escritos.
Abraço
Você é uma capeta.
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