Sophia Losterh caminhava pela rua, cheia de vento seco e céu preto, quando encontrou com um poeta.
- Moça, me permite que lhe escreva um poema?
Sophia, que nem gosta de poesia nem nada, fez uma careta, mas achou interessante o fato do cara nada pedir em troca.
- Sim, aceito. Escreva.
O moço se sorriu, encostou num poste que havia perto, tirou do bolso uma desmantelada caneta vermelha e rabiscou um sulfite dobrado. Fez até um desenho. Durante o ato, Sophia diz:
- Ei, rapaz. Não tenho dinheiro.
Mas ele não parou. Rabiscou, rabiscou. Quando acabou, levantou-se rápido e repousou o poema nas magras mãos de Sophia, como quem ofertava uma pena.
E ela leu. Comeu cada palavra, numa gula de quase comer a folha. Amou naquele instante aquele poema. Era triste, um tanto marginal, tal qual seus escritos. O rapaz a olhava com ansiedade. Ela sentia que ele queria algo.
Revirou o bolso e lá encontrou vinte centavos. Ofertou ao rapaz, com os ombros curvos.
- Por vinte centavos? - indignou-se o rapaz - Por vinte centavos, eu queimo!
E tomou brutal o poema das mãos frágeis, o repousou a margem do poste e o queimou, sem nem titubear. Saiu da cena, sem dizer mais nada.
Era um lindo poema, mas
A alma não pode ser queimada. E foi aquilo que Sophia bebeu, de graça.
o que?? pq ele fez isso???? ele nem falou preço nem nada, a Sophia podia pagar 1 centavo a ele e já seria de bom tamanho!! que cara ruim!!!!!
ResponderExcluirO texto trata-se de pessoas que oferecem as coisas fingindo ser legais, mas depois as cobram de volta ¬¬
ResponderExcluirE bife acebolado.
ResponderExcluirHÃ.
ResponderExcluirBem descrito a sensação de ler um poema. Abraço
ResponderExcluirbebeu a alma do poeta e a própria alma. acho q tudo o q ele queria como retribuição era algo em que ela compartilhasse algo de si. o poeta acha legal vestir os outros, mas penso q sente frio se fica mto tempo pelado.
ResponderExcluirhahaha eu nunca tinha lido esse : )
ResponderExcluirhahahah eita! e olha! agora que vi, olha, isso foi postado exatamente dez anos atrás! he
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