Oi. Eu não quero esperar, porque cansa. Mas eu espero. Meus sapatos afundam no chão e se coçam no áspero do asfalto. Minha mão e meus braços figuram membros do meu corpo desconfortáveis, sem ação, exigindo que fosse o detestável tempo quente pra que eu me abane e assim, deles faça algo útil.
Fazer pela descoberta e apenas por isso.
Olá. Eu estou a bater atrás dessa porta. Eu olhei pela janela e vi um mundo tão fantástico, tão absurdo, que desci desenfreada do trem em movimento e corri.
O que eu vi aí nunca foi escrito. Nunca foi dogmado. Nunca foi visto.
Eu não contei a ninguém, eu tive delírios em silêncio. Eu evitei olhar para que ninguém visse e não destruíssem tudo. Eu tentei esquecer para que eu não destruísse tudo. Eu chacoalhei as correntes dos portões e ofendi sorridente a deus; eu olhei para minhas feridas. Vi a cor de suas aberturas, orei para a cólera, para meu sangue vil, para me exigir força.
Olá, eu abri sua porta. Eu invadi sua vida. Eu comi sua comida e esgotei sua água. Eu fiz o que faço de melhor, de novo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Dogmado, irmã.
ResponderExcluirVc é do caralho mermo.
af
ResponderExcluir\,,/